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Cada vez mais, os produtores estão investindo em tecnologias na produção de café.
Os objetivos são otimizar custos e aumentar a produção.
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Produção de café no Brasil
O Brasil é responsável por 1/3 de produção da segunda bebida mais consumida no mundo, o café.
O setor cafeeiro no país registrou cerca de 50,38 milhões de sacas na safra 2022, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Nesse período, houve um aumento de 5,6% em comparação ao ciclo de 2021.
Produzir melhor e em maior quantidade é um objetivo constante de agricultores que precisam se preocupar desde a qualidade da terra no plantio até as variações energéticas.
Tecnologias na produção de café para atender as exigências do grão brasileiro
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo.
Isso para garantir a melhor produção de café, seguindo rígidas legislações trabalhistas e ambientais.
Buscar medidas para melhorar as práticas no campo e, consequentemente, expandir a produção e vendas é um trabalho contínuo que tem se pautado na tecnologia como aliada para otimizar os processos.
Entre as tecnologias em destaque que estão sendo adotadas pelos cafeicultores estão a utilização de motores elétricos.
Esses motores evitam problemas futuros nas lavouras de café preservando a produção.
Falhas repetitivas de motores prejudicam o potencial de crescimento na produção.
Porém, com a evolução tecnológica, há soluções avançadas capazes de se adequarem às exigências do cafeicultor.
Entre os fornecedores de motores elétricos para o setor de produção de café, se destaca a empresa Hércules.
A Hercules Motores Elétricos oferece soluções em motores elétricos.
É uma empresa certificada pela ISO 9001 e tem os rendimentos dos seus motores aprovados pelo Inmetro, comprovando sua alta eficiência energética.
“Esses equipamentos precisam ter alto índice de rendimento, ou seja, durante a produção, o uso do motor elétrico adequado para essas fazendas é o que ajuda a garantir o sucesso na safra. Temos motores para diversos equipamentos, do cultivo até a colheita do café, como: descascadores, transportadores, secadores, moedores e trituradores.”
Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos.
Descascadores e transportadores são equipamentos grandes e pesados.
Por isso, para facilitar a manutenção elétrica, os motores da Hercules possuem carcaça injetada em alumínio, tornando o produto (motor) mais leve para o manuseio.
Isso é um diferencial, além do Click Rural onde o motor é projetado para suportar subtensão e sobretensão 110 à 127V e 220 à 254V.
“Outro diferencial da companhia é que, para os fabricantes de equipamentos de café, os motores tem dois anos de garantia”, comenta Menezes.
Tecnologia para secagem do grão
Outra empresa que investe em tecnologias que visam facilitar o dia a dia dos produtores de café é Dryeration.
A empresa lançou uma nova tecnologia para a secagem do café, que realiza todo o processo de seca em menos de 24 horas, mantendo a qualidade original do grão que saiu da lavoura.
O sistema visa reduzir significativamente o tempo de secagem do café, mantendo a qualidade do grão e trazendo produtividade para o cafeicultor.
Como funciona o novo secador de grão de café
O novo sistema permite que a área de contato com o fruto seja semelhante a um terreiro e inicia a injeção de volume de ar.
Esse ar vai passando pelo café, que está estático, dentro do secador, fazendo com que o fluxo passe em todas as partes e seque toda a massa com homogeneidade.
Além de permitir uma secagem uniforme, a agilidade com que o secador Cofee Dryer retira a umidade dos grãos e a leva para fora do secador, com a mesma rapidez, preserva a qualidade dos grãos.
Cada equipamento tem capacidade para 20 mil litros/dia – em torno de 14 toneladas.
“Estamos trazendo para o mercado um novo conceito e velocidade, reduzindo o tempo de secagem e eliminando muitos problemas de secagem, como chuva, infestação de insetos e queima de matéria seca”
Otalício Pacheco da Cunha, especialista em sistema de secagem de grãos e fundador da Dryeration.
Os primeiros estudos para o desenvolvimento de uma secagem diferenciada começaram em 2001, em Minas Gerais.
Secagem mais rápida aumenta a produtividade do café
A secagem mais rápida da nova tecnologia beneficia, especialmente, os cafeicultores que querem volume de seca.
Com a tecnologia, os cafeicultores conseguem liberar mais cedo a lavoura para os tratos culturais, como poda e pulverização.
Um atraso na colheita derruba o botão floral.
Quando chega no meio do ciclo e a planta já começa a soltar os botões florais, é sinal de menor produção para a próxima safra, porque um botão floral (pinha) que cai é um fruto a menos que produz.
Evitar essa perda é melhorar a produtividade, ao tornar possível retirar o fruto da planta no melhor estágio de maturação, o processo agrega maior perspectiva de ganho de valor agregado.
Em um comparativo realizado em testes que secou a mesma quantidade de café (mil sacos) nos dois sistemas, os grãos que passaram pelo sistema convencional, entre 7 e 10 dias, tiveram 12,3% de queima de matéria seca.
“Isso quer dizer que, com o Cofee Dryer, são exatamente 123 sacos a mais para o produtor”
Otalício Pacheco da Cunha
A partir do mês de abril, toda essa tecnologia embarcada estará operando em um município da região Nordeste Paulista.
Produção de sementes de café
O produto criado pela Dryeration, além da secagem do café, também entrega ao cafeicultor, grãos que tanto podem ser industrializados como também podem ser plantados.
Esses grãos saem da máquina como sementes, dependendo da opção do produtor, com todo vigor e matéria seca e sem perder a germinação.
O oposto ao tratamento delicado que o fruto necessita atualmente, que envolve a despolpa, um período de lavagem, fermentação e ainda o processo de seca, normalmente feita em terreiro suspenso.
“É um trabalho imenso que é possível ser substituído. O nosso sistema possibilita ao produtor colocar o café direto da colheitadeira para o secador e, ao final da secagem, a semente estará viva e poderá ser diretamente plantada, eliminando várias etapas de trabalho e mantendo a qualidade que o grão tinha no pé. Sem queima da matéria seca e sem a perda de vigor”
Otalício Pacheco da Cunha
Ele explica que a tecnologia é semelhante à utilizada na cevada e acredita que, no futuro, poderá ser adaptada a outras sementes, como pimenta do reino, noz-pecã, caju e amendoim.
Biotecnologia para produzir mais com sustentabilidade
Os produtores de café têm buscado técnicas voltadas a assegurar o ganho produtivo, mas sem deixar de lado os cuidados com o meio ambiente para o cultivo do cafeeiro.
A adoção de práticas sustentáveis nos processos produtivos constitui a base da agricultura consciente, sem comprometer a economia de escala. Afinal, não podemos desconsiderar as necessidades crescentes de alimentos no mundo.
Desta forma, muitos cafeicultores encontram na agricultura sustentável um sistema viável de plantação agrícola que concilia uma produção rentável ao mesmo tempo em que buscam a recuperação do solo, além da preservação de recursos hídricos.
“Conforme a evolução dos produtos, as tecnologias que visam a produção sustentável se tornaram muito mais acessíveis para os produtores. Elas agregam na produtividade sem trazer um custo oneroso”, ressalta Luiz Fortes, gerente regional de vendas da Alltech Crop Science.
A adoção de novas tecnologias, melhorias nas práticas de negócios e inovações estão alinhadas com o conceito de Planet of Plenty™ (Planeta de abundância, em português) que a Alltech Crop Science trabalha com todos os parceiros do setor agroalimentício, focada nos três pilares da sustentabilidade: econômico, ambiental e social.
As soluções biotecnológicas da empresa aplicadas nas lavouras de café influenciam como fontes de energia e proteção fisiológica da planta, o que favorece o crescimento, desenvolvimento, formação e enchimento dos grãos.
Isso acaba impactando na qualidade da bebida do café.
Entre as soluções da empresa para o setor cafeeiro, a Alltech Crop Science tem uma linha de produtos voltados a promover o equilíbrio nutricional e fisiológico da cultura.
Entre eles, o Agro-Mos, solução natural que possui um balanceado de micronutrientes, como Cobre e Zinco, complexados por aminoácidos e polissacarídeos, que confere um efeito nutricitor nas plantas e auxilia na síntese de compostos de defesa, preparando as plantas para possíveis estresses.
Já as soluções da Linha Solo nutrem o solo e promovem a atividade e o desenvolvimento da rizosfera, equilibrando e ativando a microbiota de maneira natural e espontânea, tornando-a mais saudável e vigorosa.
Outra empresa que investe no setor de biotecnologia é a Superbac.
De acordo com a empresa, culturas perenes, como o café, têm uma simbiose com a biota de solo mais avançada do que as anuais, e dentro do seu manejo é necessária a aplicação de duas, até três toneladas de adubo por hectare anualmente.
“Os fertilizantes químicos geram maior acidez e de salinidade fazendo com que esse ambiente perca parte do seu equilíbrio. Ou seja, toda vez que se aplica este insumo em dose alta, consequentemente, isso acarreta menor equilíbrio biológico e diminuição dos microrganismos benéficos no solo”
Fernando Ferraz Barros, engenheiro agrônomo e gerente de desenvolvimento de negócio da Superbac
Para ajudar a restabelecer esse sistema, os condicionadores biológicos são altamente eficientes e importantes.
O Smartgran da Superbac é um composto orgânico de elevada qualidade, combinada a um blend sinérgico de bactérias que atuam no solo, incrementando sua atividade biológica e melhorando sua qualidade agronômica.
“Essas melhorias biológicas do solo são traduzidas em um sistema mais eficiente em disponibilizar nutrientes para as plantas, associado a um ambiente radicular de melhor qualidade, o que tem como consequência maiores produtividades”, destaca o especialista.
O condicionador biológico funciona como um ativador da biota de solo, melhorando seu equilíbrio e atenuando o efeito dos manejos deletérios.
Ou seja, ele é um aliado na busca pelo reequilíbrio do solo, proporcionando um melhor ambiente de produção e crescimento radicular.
“Quando mais equilibrado esse sistema estiver, mesmo que a lavoura seja acometida a uma situação de estresse, por exemplo, a planta vai sofrer menos e irá responder de forma mais rápida no pós-estresse”
Tecnologias de nutrição e construção de perfil de solo
O cultivo do café exige dedicação constante em todas as etapas.
O aparecimento do grão do café é uma etapa delicada que necessita de cuidados e manuseio correto.
E as novas tecnologias de nutrição e construção de perfil levam mais equilíbrio e produtividade para o cultivo do café.
A adubação correta, por exemplo, diminui o abortamento de flores e frutos em até 90% e novos cafezais estão mais resistentes a intempéries.
Estimativas indicam que as lavouras de café em 2023 devem produzir 54,94 milhões de sacas de café beneficiado.
Essas projeções são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No Estado do Paraná, onde o cultivo dominante de café é o da variedade arábica, as previsões sinalizam que os cerca de oito mil cafeicultores devem colher, a partir do mês de julho, 733 mil sacas.
O que significa um crescimento de 47,2% na produtividade em comparação com a safra passada, de acordo com o mesmo levantamento.
As expectativas positivas se devem, principalmente, ao clima sem adversidades graves, como estiagem ou geada.
E são consequência, também, do manejo iniciado antes mesmo do início do ciclo reprodutivo, com o preparo e a nutrição adequada do solo.
Nesse sentido, a Fortgreen tem um amplo portfólio para soluções de solo.
A linha FortCote é composta por fertilizantes inteligentes que ajustam a liberação dos nutrientes de maneira controlada conforme a necessidade das plantas.
Eles possuem uma tecnologia que blinda o fertilizante diminuindo as perdas como: volatilização, lixiviação e adsorção dos nutrientes.
Já o Pra-Café-Gold, um produto desenvolvido com a tecnologia dry powder e com balanço ideal de nutrientes, é utilizado para solos mais pobres.
Ele é formulado com matérias-primas diferenciadas que combinado com os aditivos químicos incrementam a absorção das plantas e ainda proporcionam maior enchimento dos grãos.
O Curative é um fertilizante mineral à base de Fosfito de Potássio mais Cobre e Níquel com tecnologia dry poder.
Combinados, esses aditivos químicos incrementam a absorção e a penetração dos nutrientes nas plantas.
O produto contém Fósforo nutricional, Potássio, Magnésio e Enxofre, promovendo nutrição e proteção na aplicação.
Fase de granação do café: decisivo para o rendimento final das lavouras
Em Londrina, a quase 400 quilômetros de Curitiba, Aparecido Favaro está entusiasmado, este ano, com a granação no cafezal.
“Os galhos ficaram carregados e os grãos estão maiores. Também diminuiu em 90% o abortamento, antes o chão forrava e agora tá limpo”.
O produtor rural relata que as plantas parecem mais fortalecidas na reta final, antes da colheita.
“Ficou mais resistente, vegetou mais e agora também estão suportando bem o sol”.
Favaro, que segue o trabalho iniciado pelo avô, há mais de 50 anos, depois da última colheita decidiu investir em um ajuste fino, com correção de solo, para tentar aumentar a produtividade que parecia estagnada.
A análise detalhada detectou um solo fértil e com boa adubação, mas com baixo nível de boro em uma área e excesso de alumínio em outra.
São áreas distintas com históricos um pouco diferentes, mas ambas com dificuldades que acabam limitando a produtividade.
Para a falta de boro, que provoca abortamento de flor e de fruto, o problema diminuiu graças à aplicação do fertilizante mineral misto SulfaBor, que tem, em sua composição, o boro protegido com duas dinâmicas de liberação, uma mais rápida e outra gradual.
O SulfaBor foi lançado recentemente e é um fertilizante mineral misto que fornece boro no início, meio e fim da cultura, além de cálcio, enxofre e aditivos que reduzem seu potencial de perda.
“As fontes convencionais precisam ser aplicadas em diferentes quantidades por hectare, o que atrapalha a eficiência das máquinas agrícolas. Nossos especialistas chegaram a uma formulação com a mesma concentração de boro por grânulo, o que possibilita que a aplicação nas lavouras seja facilitada e mais precisa”.
Caio Kolling, Supervisor Técnico da Sulgesso
Doses ajustadas permitem a aplicação do produto com mais facilidade, o que auxilia a impulsionar a produtividade das lavouras, levando eficiência aos sistemas solo-planta.
A tecnologia foi utilizada em uma área de oito hectares, composta por plantas antigas, algumas com mais de 30 anos, garantindo boa recuperação e vigor das plantas.
Já o excesso de alumínio, que é tóxico para a planta, e o enxofre foram corregidos com a aplicação de SulfaCal, fonte de cálcio e enxofre solúveis.
O SulfaCal tem bom desempenho porque contribui para um sistema radicular mais desenvolvido.
“É um fertilizante mineral capaz de explorar um volume maior de solo em busca de água e nutrientes, melhorando a produtividade e a resistência das plantas a períodos de estiagem”.
À base de cálcio e enxofre, SulfaCal está disponível na forma granulada e vem sendo aplicado com sucesso em lavouras de milho, soja, pastagens e hortifrutis.
“A aplicação foi feita nos sete hectares que enfrentaram geadas por dois anos e têm os cafés mais novos. Para completar, pouco antes do florescimento também foi feita aplicação de boro. Fez muita diferença, a planta que estava bem debilitada se mostrou mais sadia, recuperada e conseguiu responder melhor aos adubos que foram colocados no solo”
Engenheira agrônoma Isabelle Villarino, que também atua como DTM (Desenvolvimento Técnico de Mercado) da MaxiSolo, divisão de nutrição vegetal da SulGesso.
A Sulgesso é a empresa pelo desenvolvimento das duas tecnologias e é líder na industrialização e comercialização de sulfato de cálcio no Sul do Brasil.
Economia com adubação
O cafeicultor Aparecido Favaro conta que o bom desenvolvimento do café possibilitou reduzir três aplicações de um adubo que utiliza ao longo do ciclo, gerando uma economia considerável.
Ele acredita em uma máxima produtividade para a safra 2023, com grãos de qualidade que, por sua vez, poderão resultar em um café de maior valor.
“Em vista do ano passado já melhorou muito e a próxima vai ser boa também, porque o pé já tá bem projetado para ano que vem. Valeu o investimento e eu vou fazer as aplicações todas de novo”.
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