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Consumo de café em 2022

A ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) divulgou recentemente os dados de consumo de café em 2022.

Foram consumidas, entre novembro de 2021 e outubro de 2022, 21,3 milhões de sacas de café no Brasil.

Apesar do número alto, houve uma queda no consumo de 1,01% quando comparado com o mesmo período anterior (novembro de 2020 a outubro de 2021).

As 21,3 milhões de sacas de café consumidas no Brasil representam 41,8% de toda a safra produzida no país, que atingiu 50,9 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No período imediatamente anterior ao de 2022, o consumo foi 45,3% de todo o café produzido, que chegou a 47,7 milhões de sacas, ainda de acordo com os dados do Conab.

Consumo Interno de Café em 2022 - figura 1 — Consumo Interno de Café em 2022 – figura 1

Evolução do consumo interno de café no Brasil - figura 2 — Evolução do consumo interno de café no Brasil – figura 2

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Papel do café na alimentação do brasileiro

A alta produção de café coloca o Brasil como o maior produtor do mundo.

E os dados de consumo divulgados pela ABIC reforçam que o café também é altamente consumido no país.

Reforçam ainda que o café é um alimento importante para os brasileiros e para a indústria nacional.

Mesmo com a crise econômica de 2021, intensificada pelas ações mundiais decorrentes do combate à Covid-19, os dados mostram que o grão de café continuou sendo fortemente comercializado.

Brasil: segundo maior consumidor de café do mundo

Ainda estamos em segundo lugar no mundo quando se trata sobre o consumo da bebida, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

A diferença para o primeiro lugar é de 4,7 milhões de sacas.

Consumo per capita de café no Brasil

De acordo com a ABIC, o consumo per capita em 2022 no Brasil foi 5,96 kg de café cru.

Já o de café torrado foi de 4,77 kg, um pouco abaixo do ano anterior (4,84 kg/ano/hab.).

Consumo interno de café em sacas e per-capta - figura 3 — Consumo interno de café em sacas e per-capta – figura 3

Produção das indústrias associadas ABIC

As indústrias associadas da ABIC respondem por 71,1% da produção do café torrado em grão e/ou moído.

Representam ainda 86,1% de participação (share) no varejo supermercadista.

A ABIC registra em seu banco de dados mais de 3.000 produtos certificados.

Faturamento da indústria de café

Segundo estimativas da ABIC, as vendas da indústria de café brasileira alcançaram R$ 23,5 bilhões em 2022.

Um expressivo aumento de 54,6% quando comparado com o mesmo período de 2021.

Entre as explicações para o aumento no faturamento alcançado pelas indústrias brasileiras de café estão o aumento do preço da matéria-prima, ou seja, do café.

Segundo a associação, o aumento desse custo foi de 120%.

Ainda segundo a ABIC, parte desse aumento foi repassado ao varejo.

Abastecimento de café no mercado interno em 2022

Quanto aos dados de abastecimento, de acordo com o Índice de oferta de Café para a Indústria (IOCI), a oferta de cafés Canéforas se manteve normal.

Já a oferta de cafés arábicas ficou abaixo da normalidade, indicando suprimento irregular e seletivo para as indústrias de todos os portes.

Índice de oferta de café para a Indústria - arábica e conilon - figura 4 — Índice de oferta de café para a Indústria – arábica e conilon – figura 4

Variação de preço do café ao consumidor em 2022

Segundo o estudo realizado pela ABIC nos pontos de venda de café, como supermercados, a média nacional de reajuste do preço de café em 2022 foi de 35,4%.

Variacão do preço do café ao consumidor final - figura 5 — Variacão do preço do café ao consumidor final – figura 5

Esses reajustes foram decorrentes principalmente dos repasses do aumento no custo de aquisição da matéria-prima café, que vem ocorrendo desde 2021.

A associação destaca ainda que outros fatores podem influenciar no preço ao consumidor final como as diferentes etapas de produção, o câmbio, os custos dos insumos, logística, volume da safra, além de fatores socioeconômicos.

Esse aumento de preço pode explicar em partes a leve queda no consumo de café, que foi de 1,01% quando comparado com o mesmo período anterior (novembro de 2020 a outubro de 2021).

Esse fator pode ter sido reforçado ainda pela diminuição do poder aquisitivo da população brasileira nos últimos anos.

Variacão do preço do café ao consumidor final - impacto na inflação - figura 6 — Variacão do preço do café ao consumidor final – impacto na inflação – figura 6

Comportamento sazonal de vendas das indústrias de café

Assim como outros produtos, o consumo de café também sofre alterações com a sazonalidade.

Por ser uma bebida consumida prioritariamente quente, o consumo de café aumenta nos meses de inverno.

E, consequentemente, diminui nos meses mais quentes como o verão, época em que há menores volumes de venda.

Ao comparar os preços do café com o volume de vendas, a pesquisa da ABIC destaca que a matéria-prima aumentou até 137% até jan/22, enquanto o reajuste do café torrado e/ou moído foi mais lento, e somente no segundo semestre de 2022 atingiu o patamar de 100%.

Vendas x Preço - figura 7 — Vendas x Preço – figura 7

Compras de café no varejo

Por meio de um sistema chamado Horus, a ABIC realiza o monitoramento das vendas.

São mais de 1 milhão de notas fiscais coletas mensalmente em pontos de vendas de todo o Brasil.

Confira abaixo, informações sobre consumo e ticket médio.

Vendas do Atacarejo registraram um aumento de 20,77%, subindo de 4.812,5 milhões de sacas (2021) para 5.812,5 milhões de sacas (2022)

As vendas de cafés de alta qualidade apresentaram um aumento no volume de vendas, categoria superior (26%). Categoria Gourmet (20%) e cápsulas (5,5%) em 2022.