Café jacu: como é feito, preço e onde encontrar um dos cafés mais caros do mundo

Pacote Jacu Bird produzido na Fazenda Camocim
Pacote de café Jacu Bird

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Você já ouviu falar sobre o café jacu?

Se ainda não, prepare-se para descobrir um dos cafés mais caros e raros do mundo, famoso por seu sabor exótico e aroma marcante, assim como o renomado café gesha.

Mas o que torna o café jacu tão especial e caro?

O principal fator está relacionado ao seu curioso processo de produção, que envolve um pássaro chamado jacu.

Este pássaro, nativo do Brasil, se alimenta das melhores frutas de café, escolhendo apenas os grãos mais maduros e saborosos.

Ao digerir esses grãos, o jacu deixa um toque único que é revelado na xícara.

O processo começa quando os produtores de café criam um ambiente favorável para os jacus, permitindo que eles se alimentem dos grãos em plena maturação.

Após a digestão, os grãos são recolhidos nas fezes do pássaro, sendo então limpos e processados.

Esse método inusitado não só contribui para o sabor distinto do café, mas também garante uma colheita sustentável, já que os jacus ajudam na seleção dos melhores grãos.

O sabor do café jacu é descrito como uma combinação rica e complexa, com notas de frutas e um leve toque de chocolate.

Essa experiência sensorial faz dele uma verdadeira iguaria para os amantes de café.

Então, vamos conhecer mais sobre essa iguaria brasileira.

Pássaro Jacu: o responsável pelo café exótico

Não podemos falar sobre o café jacu sem apresentar o pássaro que transforma o grão em uma especiaria valiosa.

O jacu é uma ave originária do Brasil, com a Mata Atlântica sendo seu principal habitat natural.

Características do jacu

O jacu, também conhecido como jacuguaçu, tem um nome científico curioso: Penelope obscura.

Segundo o site Guia Animal, a palavra “jacu” é derivada de termos da língua tupi, “ju’ku” e “wa’su”, que significam “jacu grande”.

Outra curiosidade é que o nome também pode ser interpretado como “comedor de grãos”, o que é relevante para entendermos seu papel na produção do café.

Com penas predominantemente escuras, o jacu apresenta um porte médio, mas seu corpo robusto pode lembrá-lo tanto a uma galinha quanto a um pavão de menor porte.

Embora o habitat principal do jacu seja a Mata Atlântica, essa ave também é encontrada em outros biomas brasileiros, como a Amazônia, caatinga e cerrado, e está presente em países vizinhos, como Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Pássaro jacu - foto do site Guia Animal
Pássaro jacu – foto do site Guia Animal

Mas, afinal, o que o jacu come

O café jacu é produzido a partir das sementes que são excretadas nas fezes do pássaro jacu.

O processo começa com a alimentação dessa ave, que se destaca por sua coleta seletiva de frutos.

Os produtores de café recolhem as fezes do jacu, permitindo que secam antes de proceder com a limpeza dos grãos.

Essa prática contribui para a excentricidade e o alto valor do café jacu, já que a ave se alimenta apenas dos melhores frutos do cafeeiro, assegurando que as sementes excretadas sejam de alta qualidade.

Esse tipo de seleção é comparável à coleta manual, onde colhedores experientes escolhem somente as cerejas maduras e perfeitas.

Durante a ingestão dos frutos, o jacu consome a polpa e elimina as sementes de forma intacta.

Acredita-se que o processo digestivo da ave, com a ação de enzimas e a acidez natural de seu organismo, confere ao café um sabor diferenciado e único.

Outro fator que impacta o preço desse café é a legislação brasileira que protege o jacu, determinando que a ave não pode ser mantida em cativeiro.

Assim, o produtor depende da liberdade do jacu para se alimentar dos frutos quando desejar, garantindo um produto autêntico e genuíno.

Como é feito o café jacu?

O café jacu é produzido a partir das sementes que são excretadas nas fezes do pássaro jacu.

O processo começa com a alimentação dessa ave, que é conhecida por sua coleta seletiva de frutos.

Os produtores recolhem as fezes do jacu, permitindo que secam antes de realizar a limpeza dos grãos.

Essa prática única contribui para a excentricidade e o alto valor do café jacu.

A ave se alimenta apenas dos melhores frutos do cafeeiro, garantindo que as sementes excretadas sejam de alta qualidade.

Essa coleta seletiva é uma etapa fundamental no processo de produção de cafés de qualidade, semelhante à colheita manual, onde colhedores experientes selecionam somente as cerejas maduras.

Durante a ingestão dos frutos, o jacu consome a polpa e elimina as sementes de forma intacta.

Acredita-se que o processo digestivo da ave, que envolve a ação de enzimas e a acidez natural de seu organismo, confere ao café um sabor diferenciado e único.

Outro fator que impacta o preço desse café é a legislação brasileira que protege o jacu, determinando que a ave não pode ser mantida em cativeiro.

Portanto, os produtores dependem da liberdade do jacu para se alimentar dos frutos quando desejar, resultando em um produto autêntico e genuíno.

O café jacu, um dos mais raros do mundo e conhecido internacionalmente como jacu bird, resulta em uma bebida equilibrada, com um sabor adocicado e suave.

Este café destaca-se por suas nuances delicadas e complexidade, que atraem baristas e amantes de café em todo o mundo.

Mas por que o café jacu é tão caro?

A resposta está em seu processo de produção complexo, que contribui para a raridade e excentricidade do grão.

Essa combinação de produção limitada e cuidado meticuloso resulta em uma bebida de qualidade excepcional.

A equação é simples: a baixa quantidade produzida (raridade) + a complexidade do processo de produção + a alta qualidade da bebida na xícara = um café com preço elevado.

Atualmente, o valor do café jacu varia entre R$ 700,00 e R$ 1.000,00 por quilo, refletindo não apenas sua exclusividade, mas também o aprecio que recebe no mercado global.

Para quem busca uma experiência única, o café jacu oferece um sabor que vai além da xícara, conectando os apreciadores a uma história rica e uma tradição que vale a pena ser descoberta.

Fazenda Camocim: descoberta do café jacu

Imagem mostrando uma vista da Fazenda Camocim com um pé de café na frente - foto Instagram
Vista da Fazenda Camocim – foto Instagram

A Fazenda Camocim, localizada na cidade de Domingos Martins, Espírito Santo, é o berço do café jacu, uma das bebidas mais raras e exóticas do mundo.

Com uma população de pouco mais de 34 mil habitantes, a cidade está situada a apenas 42 km de Vitória, a capital capixaba.

Entre os séculos XIX e XX, Domingos Martins recebeu um expressivo fluxo de imigrantes italianos e alemães, cujas tradições ainda permeiam a cultura local.

Essa rica herança cultural se reflete na agropecuária da região, com o café sendo um de seus principais produtos.

A Fazenda Camocim se destaca não apenas pela produção do café jacu, mas também por sua localização privilegiada, cercada pelas belezas naturais do Parque Estadual da Pedra Azul.

Este famoso afloramento de gnaisse, com 1.822 metros de altura, muitas vezes adquire uma coloração fascinante — azul, verde ou amarela — devido aos líquens que a cobrem, mudando de cor até 36 vezes ao dia conforme a incidência da luz solar.

Na Fazenda Camocim, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o processo único de produção do café jacu, que inclui a coleta seletiva feita pelas aves que consomem apenas os melhores frutos.

Essa prática, combinada com a rica biodiversidade da região, resulta em grãos de café de qualidade excepcional, apreciados por baristas e amantes de café ao redor do mundo.

Visitar a Fazenda Camocim não é apenas uma jornada ao coração da produção do café jacu; é uma imersão na cultura e nas tradições que moldam essa fascinante região do Espírito Santo.

Vista da Pedra Azul - foto Wikipedia
Vista da Pedra Azul – foto Wikipedia

Surgimento da Fazenda Camocim

A Fazenda Camocim foi fundada em 1962, quando suas terras foram adquiridas pelo empresário Olivar Fontenelle de Araújo, um dos fundadores da Aracruz Celulose, uma empresa que se destacou no ramo da celulose, mas que não existe mais atualmente.

O nome da fazenda é uma homenagem à cidade natal do proprietário, localizada no Ceará.

Início da produção de café e a descoberta do jacu

A produção de café na Fazenda Camocim começou em 1999, com a ambição de cultivar até um milhão de mudas.

Utilizando um sistema de agrofloresta, a família optou por um cultivo orgânico, que respeitava o meio ambiente e promovia a biodiversidade local.

Com o crescimento das florestas, os jacus começaram a aparecer na região.

Em entrevista ao jornal A Gazeta do Espírito Santo, Henrique, membro da família, explicou que a produção do café jacu surgiu sem intenção comercial por volta de 2008.

Influenciado pelo conhecimento sobre o café Kopi Lwak, que é produzido a partir das fezes de um animal semelhante ao gambá, o proprietário considerou que poderia replicar essa ideia com o jacu.

Após várias tentativas e ajustes no processo, a Fazenda Camocim finalmente encontrou o método ideal para a produção do café jacu.

Em 2010, a produção atingiu a marca de 150 kg, marcando o início de uma nova era para a fazenda.

Onde encontrar café de jacu

Pacote Jacu Bird produzido na Fazenda Camocim
Pacote Jacu Bird produzido na Fazenda Camocim

E aí, ficou curioso e com vontade de experimentar esse exótico café produzido em terras brasileiras?

Pois saiba que para degustar esse café de alta procura mundial terá que tirar o escorpião do bolso.

Como abordamos acima, o preço do café jacu é muito alto e, praticamente, toda a sua produção é exportada.

No site da Fazenda Camocim você pode comprar o seu café.

O valor por um quilo de café gira em torno de R$ 1.000,00.

Você também vai encontrar o Jacu Bird em lojas especializadas de cafés.

Reportagem sobre o café jacu, um dos mais caros do mundo

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